Arrumação

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Tirei a manhã para arrumar meu guarda-roupa. Faltei na natação, no supermercado e nas promessas de que segunda-feira é dia para encher o carrinho das comidas que só nutricionista (e balança) gostam. Mas organizei meu guarda-roupa. E à medida que as gavetas, cabides e espaços ganhavam novo significado, partes de mim também se refaziam. Sempre foi assim. (Espero que) sempre será. Porque férias, arrumações e tempo livre sempre deveriam desaguar no jeito de você, por dentro, se organizar.

foto: the red pin

encontro

Era o par de olhos mais tristes que já vi. Deviam ter uns 8, 9 …10, no máximo. Nada além. Mas eram a mais nítida mistura de timidez e desesperança. Um olho nos malabares, outro encarado nos do motorista -estes sim de um verde esperança tão marcante que quase não cabiam nos traços dos rosto.

A esperança estava ali, feita em olhos destoantes. E ela  respondeu ao suplício com um dedo positivo.

Só que ao contrário.

Nada mais apropriado

… ia deixar para postar esse vídeo na semana que vem, na véspera do início de 2010, exatamente quando completo 24 anos (a idade talvez mais pós-moderna de todas).

Mas o Steve Jobs e sua teoria caíram de uma maneira tão certeira em minhas esperanças, que eu não podia mais adiá-lo da vida. (Só nesta tarde de véspera de natal, eu o assisti umas três vezes. E a cada novo play no vídeo do youtube, mais a ideia de “…você não pode conectar os pontos olhando adiante, você só pode conectá-los olhando para trás” caia como pluma dentro de mim).

Com um tom cool quase de auto-ajuda, deixo a história do criador da Apple e da Pixar como meu presente pra vocês (mas mais pra mim mesma) nesta noite de natal. Espero que faça sentido:

Sem perder o fio

“Trança voltas, mil desvios sem perder o fio”

Mais reticências e incógnitas do que pontos finais. A década de sonhos incubados vai, aos poucos, terminando assim.

Admito que é difícil continuar confiante de que a linha pela qual ando é, de fato, firme. Os chacoalhões no estômago, e conseqüentes gelos na barriga, denunciam que a corda é bamba e o traçado, finíssimo.

Feitos de bailarina, meus pés doem ao arriscar passos assim.

(o texto continua aqui)

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